fevereiro 25, 2012

Exilium




Me diga longa vida, qual seria o exilio mais penoso do que aquele que meu próprio coração me apresentou.

Que argumento tens para mim, pra julgar que tal dor ainda não é suficiente, que solidão nenhuma é capaz de substituir este vago que foi aberto em meu coração.

Que medo desta nova paixão abita meu sono, me deixando pensativa e vagando num mundo aonde os sonhos se tornam espelhos e vejo tudo se espatifando.

Por qual motivo? Apresentaste-me o sorriso, a voz, o toque que nunca vou ter.

Ainda questiono pela razão que meu exilio não é completo.

Eu o vejo, porém ele não me vê, eu falo, porém ele não escuta, minha visita é ofuscada por outra beleza.

Questiono-me, pois o sorriso não era para mim, nada é.

Odeio fechar os olhos e reviver a cena e perceber que eu ainda vago num caminho onde o fim ainda está longe.

Exilio, doce exilio, ainda busco o sorriso, mas lendo as suas palavras meu coração me expulsa, me come e me dilacera esta tudo acabando.

Exilio me acompanhe nesta vida só que planejo e vanglorio, me faz tua filha, sua amante, é egoísmo eu desejar um sorriso que seja direcionado a mim só a mim, a atenção, a piada sem graça.

Exilio me bane de uma vez deste coração que não tem mais cura.