fevereiro 23, 2012

O vendedor de sonhos

Seja anulado no parêntese do tempo o dia em que este homem nasceu!
Que na manhã desse dia seja dissipado o orvalho que umedecia a relva!
Que seja retida a claridade da tarde que trouxe jubilo aos caminhantes!
Que a noite em que este homem foi concebido seja ususrpado pela angustia!
Resgate-se dessa noite o brilho das estrelas que pontilhavam o céu!
Recolham-se da sua infância seus sorrisos e seus medos!
Anulem-se da sua meninice suas peripécias e suas aventuras!
Risquem-se da sua maturidade seus sonhos e pesadelos, sua lucidez e suas loucuras!

Poema extraido do livro O vendedor de sonhos Augusto Cury